terça-feira, 29 de novembro de 2016

A defesa que mudou tudo, tudo mesmo!

Semifinal da Copa Sul Americana, Chapecoense x San Lorenzo na Arena Condá em Chapecó, estádio lotado. A Chape fazia o segundo jogo em casa, jogava pelo empate sem gols. O jogo se arrastou até os 48 minutos do segundo tempo com zero a zero no placar, quando através de uma falta lateral o time do Papa alçou uma bola na área, era o último minuto de jogo, tudo o que acontecesse ali, naquele instante, não teria mais volta. Depois do cruzamento, a bola fica em disputa na pequena área até que a redonda sobra para um jogador argentino que a chuta de forma desesperada, Danilo, goleiro da Chape, num reflexo espetacular a tira em cima da linha decretando assim a classificação inédita da Chapecoense para as finais do campeonato. Era tudo o que o torcedor queria, o Brasil torcia pelo modesto time de Santa Catarina. 



Uma semana depois da classificação inédita, indo jogar a final do campeonato, o avião com toda delegação da Chape, mais jogadores e reconhecidos jornalistas cai na Colômbia por motivos ainda a serem esclarecidos. De inicial, talvez uma pane elétrica. Apenas 6 sobreviventes. Dentre eles 03 jogadores, 01 jornalistas e 02 tripulantes. Danilo o goleiro salvador faleceu, assim como faleceu o ex excelente jogador e atual comentarista da FOX Mario Sérgio. Quanta tristeza, que nó no peito. Times pelo mundo prestaram solidariedade ao time de Chapecó. Final da Copa do Brasil adiada, assim como a rodada final do Brasileiro. O Atlético Nacional, adversário na final, em uma atitude nobre abriu mão do titulo sul americano e o passou para a Chape e declarou em nota: " vinieron por un sueno, parten como leyendas."

Sem dúvida, uma das maiores perdas que o Brasil já sofreu, daquelas que nos deixa perguntando o sentido da existência e porque os bons morrem cedo. Uma perda como a de Senna, como da banda Mamonas Assassinas. Sonhos cortados ao meio. Me pergunto, por que meu Deus? Por que aquela bola no último minuto não entrou? Por que o pé salvador do goleiro? E se a bola tivesse ido mais 05 centímetros para o lado? E se...

O "se" é a linguagem dos sonhos. O "se" não corresponde com a vida de carne osso moldada nas experiências de dores e alegrias. Para o "se" não há angústia, não há arrependimento, porém, também não há glória! A vida é dura, mas somente vence quem enfrenta. Aquiles, herói da mitologia grega, quis a morte para ser eterno. O goleiro Danilo defendeu aquela bola no último minuto e eternizou o time da Chapecoense. Nova lenda nacional! O preço da glória, as vezes, pode ser a morte. Essa é a vida! Descansem em paz!!!

sábado, 26 de novembro de 2016

Fidel Castro morre aos 90 anos

Fidel Castro morreu na noite de ontem aos 90 anos de idade. O líder cubano despertou paixões, principalmente entre os socialistas mais ortodoxos que não reconhecem as mudanças do mundo. Despertou ódio entre aqueles que desconhecem o valor do socialismo para nosso sociedade. Entre os extremos é necessário reconhecer o que foi Fidel sem juízos de valores. Pois, fato é que ele conseguiu manter uma ilha minúscula ao lado do "vulcão" capitalista como um dos únicos países socialistas do mundo até os dias atuais quer queira ou não! Fidel parte deixando uma reflexão que pode ser vista em suas palavras abaixo, ele dizia que fora da revolução não havia direitos, afinal a revolução era tudo. Este é o erro da esquerda radical, pois quem disse que é a revolução é tudo? Nada é tudo, tudo tem um preço, o preço de Fidel foi não permitir a liberdade de pensamento, valeu a pena?



Palavras de Fidel Castro aos intelectuais, junho de 1961:

"Isto significa que dentro da revolução, tudo; contra a revolução, nada. Contra a revolução nada porque a revolução tem também seus direitos e o primeiros direito da revolução é o direito a existir e diante do direito da revolução de existir e diante do direito da revolução de ser e de existir, ninguém. Porque a revolução compreende os interesses do povo, porque a revolução significa os interesses da nação inteira, ninguém pode alegar, com razão, um direito contra ela. Creio que isto é bem claro. Quais são os direitos dos escritores e dos artistas revolucionários ou não revolucionários? Dentro da revolução, tudo; contra a revolução nenhum direito. E isto não seria nenhuma lei de exceção para os artistas e para os escritores. Este é um princípio geral para todos os cidadãos. É um princípio geral da revolução".

Fidel Castro:

Nascimento13 de agosto de 1926, Birán, Cuba
Falecimento25 de novembro de 2016, Santiago de Cuba, Cuba

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

O futebol faz a festa do sul do Brasil

Por Juca Kfouri

Ontem foi dito aqui que a noite da quarta-feira era daquelas para torcedor nenhum botar defeito.
Pois foi mesmo uma noitaça de futebol.
O torcedor do Galo pode não ter gostado, o colorado também não, mas quem gosta de futebol viu um grande jogo no Mineirão.

Tudo azul em Belo Horizonte, numa festa do sul.
O Grêmio pôs o Galo no bolso.
Fez 2 a 0, poderia fazer mais, ficou com 10 jogadores porque seu herói no jogo, Pedro Rocha, autor dos dois gols, quase virou vilão ao ser expulso, viu o Galo fazer 2 a 1, mas, no finzinho, comemorou o 3 a 1 que permite poder perder por um gol de diferença na quarta-feira que vem, em Porto Alegre.
Mas a festa não se resume à parte azul do Rio Grande do Sul.

A verde de Santa Catarina também comemora a ida da Chapecoense à final da Copa Sul-Americana depois que, em jogo tenso, sustentou o 0 a 0 contra o San Lorenzo.
O Papa hoje acordou triste porque o time dele mandou bola na trave, obrigou o goleiro Danilo da Chape a salvar um gol no derradeiro minuto, fez a Arena Condá sofrer, mas não fez o gol que o levaria à decisão.
Hoje à noite saberemos quem será o adversário da Chapecoense na final, se o colombiano Atlético Nacional, atual campeão da Libertadores, ou o paraguaio Cerro Porteño.
O jogo da ida, em Assunção, foi 1 a 1.
A classificação catarinense é uma boa notícia também para a torcida verde do Palmeiras, que enfrentará a Chape no domingo que vem se poupando para o jogo de ida da decisão, já no próximo meio de semana.

Temos um novo nº 1 do mundo. E qual será influência para o tênis?

Por Fernando Meligeni

Ao conquistar o ATP Finals, Andy Murray fechou 2016 como número 1 do mundo.



Nem preciso dizer que foi muito merecido. Jogou um ano absurdo conquistando Grand Slam, Olimpíada, Masters 1.000 e fez um segundo semestre impecável.
Na história do nosso esporte tivemos diferentes líderes. Tivemos os explosivos como McEnroe, os carismáticos como Agassi ou Guga, os polêmicos como o Rios, os que eram tímidos e impressionavam pelo seu tênis como Sampras e dois dos mais incríveis garotos propagandas do tênis, Federer e Nadal. Tivemos muitos outros, cada um com sua característica e importância.
Quando temos um tenista no topo do ranking esperamos que ele traga coisas positivas. A pergunta é: será que Andy Murray vai trazer algo de bom ao esporte sendo o melhor do mundo?
Sinceramente, não sei. Ele não é midiático ou presente nas decisões do dia-a-dia. Se posiciona pouco na imprensa, mas mostra ao mundo do tênis que não se pode rotular um tenista antes do final de sua carreira. Há anos ele é contestado e chamado de bipolar, inconstante ou simplesmente o quarto entre os melhores.
Vamos ter que esperar para ver sua postura. Sempre dizemos que você conhece a pessoa quando ela tem poder ou dinheiro. No caso do britânico, ele tem os dois e a palavra. Vamos ver se ele a usa.