sexta-feira, 17 de maio de 2019

A Ingovernabilidade do Ser

A política é uma gangorra de interesses, se alimentar apenas um lado, ela despenca!



Várias ressalvas podem ser feitas em relação à grande mídia do país e a maioria da classe intelectual que vão contra o governo Bolsonaro. Por que? Pois, um governo de direita e conservador não é bem aceito na sociedade brasileira. Qualquer ação do governo antes de ser medida pelos resultados é medida pela questão moral ou ideológica. Não se trata de achar que tudo é uma conspiração midiática contra o governo. Mas, existe claramente um sentimento anti-bolsonaro que domina os meios de comunicação e a nossa intelectualidade, esta última por ter um viés muito mais de esquerda. Nossa produção acadêmica voltada ou baseada em autores de direita é limitada. Pondé, filósofo brasileiro, aborda este tema muito bem. Somado a isso, Bolsonaro não é um "progressista". Em sua agenda, e isso todos sabem e sabiam, não estão as pautas identitárias. Ele não dará atenção, que muitos julgam necessária, a estes temas. Podem espernear. Não é questão de opinião pessoal, é um fato do governo. Bolsonaro, por sua vez, tem tentado, ao seu jeito, reformas mais abrangentes, como a da previdência que possibilitará investimentos em diversas outras áreas. Claro que não é tudo, falta ao governo uma agenda muito mais ampla e clara de reformas. Ainda assim, seria um começo para um país desgovernado por 16 anos. O problema é que além do presidente enfrentar todos os problemas acima citados, ele também possui uma péssima comunicação em todas áreas do governo, começando por ele próprio com seus filhos. Bolsonaro não se esforça para gerar governabilidade, ele continua alimentando os extremos. Assim, a cada dia, ele tem ficado mais "ilhado", perdido vozes aliadas importantes, tanto dentro, quanto fora de seu governo. Fato é: Bolsonaro não sabe governar com as diferenças, ele bate de frente com todas. Nisso, pelo menos, ele é menos pior que o Lula, pois o "molusco" fingia e finge que é democrático! Seguindo...ainda que se discorde, por exemplo, das passeatas pela "educação", o presidente não pode dar as declarações que deu, mesmo que voltadas apenas aos "petistas". O cargo de presidente exige um jogo de cintura que o presidente mostra não ter, não é um defeito pessoal, mas para o cargo sim. E em polêmicas e mais polêmicas o governo vai se enfraquecendo em poucos meses. Uma das grandes criticas que podem ser feitas ao PT é que sempre ignorou a oposição, quem pensasse diferente não tinha valor. Um governante pode ser contra tudo o que sua oposição requerer, mas ele não pode ignora-la e governar o país apenas para o "seus" e segundo seus valores. A política é uma gangorra de interesses, se alimentar apenas um lado, ela despenca!

quarta-feira, 24 de abril de 2019

Os Equívocos do Materialismo Histórico

A teoria marxista renega vários elementos que são naturais à vida humana e que a razão não explica





Um dos grandes problemas do Materialismo Histórico e, posteriormente, de grande parte dos marxistas é que ao conceber o mundo, como o próprio nome diz, através dos processos materiais, ou seja, do modo de produção de cada sociedade, acabou por relegar vários outros elementos que constituem a vida e as relações humanas.
A religião, por exemplo, Marx dizia, "é o ópio do povo". Ele afirmava essa tese, pois considerava que a religião fora algo criado pelo ser humano com objetivos específicos: manutenção do status quo vigente. Na relação opressor e oprimido, o pobre acreditar que o sofrimento que lhe era imposto era uma ponte para o reino do céu seria mais fácil para ele não se rebelar contra a elite dominante. A religião, no caso a cristã, era um instrumento de poder.
Se, atualmente, os marxistas acusam os opositores de exagero quando se diz em "marxismo cultural", como se tudo fosse uma eterna conspiração, a base de tudo isso começou, justamente, com o criador da ideologia: Karl Marx.
A meu ver, parece cômico, mas o filósofo pensou assim, lá nos primórdios da vida humana um grupo de amigos se juntou e disse assim: "oh, vamos dominar essa porra toda?", o outro respondeu, "como, meu caro amigo?", "dominamos os meios de produção e criamos a religião para ratificar, confirmar e manter este processo".
Não é piada, apesar da simbologia barata. O importante neste texto é que a teoria marxista renega vários elementos que são naturais à vida humana e que a razão não explica. Para Marx e marxistas tudo é ideologia. O pensamento, assim, se torna raso, não por questionar em si a naturalidade das coisas, mas por sintetizar a vida humana ao material, uma vez que a mesma é muita mais complexa e rica que o material.

sexta-feira, 5 de abril de 2019

Prefeitura se compromete com as reformas nas quadras de tênis do Poli


Na próxima segunda-feira, Secretaria de Esporte, Arte e Cultura irá se reunir com o prefeito, Gilson de Souza, para expor os problemas apresentados pelos atletas e agilizar o processo de reforma das quadras





Em reunião nesta quinta-feira (04), na Casa da Cultura de Franca, tenistas expuseram os problemas que as quadras de tênis do Poliesportivo possuem para o secretário de Esporte, Arte e Cultura, Elson Boni. Entre os vários problemas citados, os atletas acentuaram a necessidade de uma reforma mais complexa e a fiscalização intensa do local. Boni e sua equipe se comprometeram a resolver o problema.

Segundo Elson Boni, diferentemente do que foi passado nos últimos dias pela imprensa e atletas, a pintura nas quadras de tênis não foi apenas para maquiar o problema da reforma. De acordo com o secretário, o concerto das rachaduras, iluminação e outros problemas já estavam dentro do planejamento da Secretaria, contudo, devido às chuvas de início de ano, as obras foram atrasadas.

Para os atletas, mesmo compreendendo a justificativa da prefeitura, soluções rápidas devem ser buscadas, uma vez que, é uma das únicas modalidades que não é possível de se praticar, atualmente, no Poliesportivo. Assim, uma lista de melhorias e um abaixo assinado foram mostrados para a secretaria que, na próxima segunda-feira, irá se reunir com o prefeito, Gilson de Souza, e outros secretários, para expor os problemas apresentados pelos atletas e agilizar o processo de reforma das quadras.

Fiscalização

Na reunião também esteve presente a responsável pelo setor de compras e licitações, Elaine Santos, que disse que, atualmente, a guarda municipal já está atuando com aproximadamente 50% de sua capacidade do número de guardas. Portanto, não seria possível deslocar guardas para o local. Sobre contratar novos guardas, isso será avaliado pela Secretaria, mas depende de um processo licitatório que demoraria, no mínimo, seis meses, o que não resolveria o problema urgente dos tenistas.

Avaliando que as quadras não poderiam ficar paradas enquanto não houvesse fiscalização da guarda municipal, Boni disse que tentará junto a FEAC contratar uma vigilância pontual para o local. Uma nova reunião entre atletas e a secretária ficou marcada para próxima quarta-feira (10).

quarta-feira, 3 de abril de 2019

A Política e o Imediatismo



Na verdade, o excesso de opiniões, contrárias e a favor, é só mais uma forma de preencher o vazio do nosso cotidiano do que em si fazer militância política



Após as infinitas discussões nas eleições presidenciais 2018, pensei: “agora passaremos o Natal em paz, comendo, todos juntos, um arroz com uva passas e um peru bem assado”. Que nada! A polarização continua e vozes equilibradas continuam quase que invisíveis. Por que? Talvez, o equilíbrio careça de tempo, mas o imediatismo das redes sociais e dos jornais, que precisam de notícias a todo momento, acabam por impossibilitar opiniões ponderadas.

Não se trata de ser oposição e nem, muitos menos, a favor de infinitas bizarrices ditas pelo governo atual e seus aliados (aqui se inclui os filhos do presidente). Também não se trata de achar que as escolhas do presidente atual são todas acertadas. Se trata apenas de uma lei natural da vida: um pé de café não floresce da noite para o dia.

Estaria dizendo o mesmo se fosse o PT o vencedor das eleições presidenciais? O PT teve 16 anos de poder e os resultados foram mostrados. Tivemos tempo e argumentos, nas últimas eleições, de dizer o porquê não queríamos mais o Partido dos Trabalhadores no poder. Porém, claramente se vê que há uma má vontade imensa da grande mídia e de grande parte da população em relação ao governo atual. Já Bolsonaro, sabendo disso, poderia contribuir um pouco evitando polêmicas desnecessárias, mas o “comandante” e seus “filhotes” parecem pouco se preocupar. Pode ser problema!

Nazismo é de direita ou de esquerda? Tudo bem, é uma bizarrice de nosso presidente. Mas quantas bizarrices não foram ditas por Lula, por Dilma? Digo esses, não por serem do PT, mas por serem da minha época. Poderíamos relembrar aqui de outros presidentes brasileiros que eram mais personagens do que governantes. Enfim, o ponto é: nos preocupamos com o necessário? Temos uma oposição justa? Ou já olhamos o governo atual querendo o derrubar a qualquer preço e polêmica?

Poderão dizer os opositores a minha opinião, “política é assim, meu amigo!”. Se é assim, tenho o direito de discordar. Como um governo pode ser analisado pelos milhares de analistas de plantão que, da noite para o dia, entendem tudo de política internacional, de direito, de economia e das peculiaridades do planalto central? Impossível! Na verdade, o excesso de opiniões, contrárias e a favor, é só mais uma forma de preencher o vazio do nosso cotidiano do que em si fazer militância política! 

Foto: As Vozes do Mundo

segunda-feira, 1 de abril de 2019

Quadras de tênis do Poli continuam abandonadas


Diferente do que imaginavam os praticantes do esporte e frequentadores do local, as quadras apenas receberam uma pintura e os principais problemas não foram resolvidos



Foi concluída, no mês de março, a pintura das quadras de tênis do complexo de lazer e esportes, Poliesportivo, na cidade de Franca. Contudo, diferente do que imaginavam os praticantes do esporte e frequentadores do local, as quadras apenas receberam uma pintura e os principais problemas não foram resolvidos.

Entre os principais problemas estão: rachaduras nas quadras; alambrados destruídos; iluminação ruim; falta de redes; pessoas mexendo com drogas em torno das quadras; cachorros de raças bravas caminhando sem coleiras; falta de bebedouros; mato alto ao redor do local e, principalmente, a falta de fiscalização do local.

“As quadras de tênis estão sendo usadas para pessoas fazerem piqueniques, andarem de skate e bicicleta. Estas atividades estão destruindo nosso local de praticar o nosso esporte”, relatou o professor de tênis Cassio Nascimento. Suas palavras também foram reafirmadas pelo grupo de WhatsApp – Poli Open de Tênis – grupo que é formado pelos praticantes da modalidade na cidade. 



“Nosso grupo está indignado com a omissão do poder público frente a este problema, pois o que adianta pintar as quadras e não resolver os outros problemas? O que adianta resolver os problemas e não ter fiscalização? É dinheiro, do cidadão francano, jogado fora!”, disse o jornalista e praticante do esporte, Germano Martiniano.

Mediante ao problema, o grupo de tenistas montou um abaixo assinado que será levado a Secretaria de Esportes da cidade. Quem tiver interesse em participar da causa pode assiná-lo através do link: https://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/45737.

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Entrevista com Claudio Oliveira

O humor é uma ferramenta para formação do espírito crítico da população, avalia Cláudio Oliveira
Por Germano Martiniano

O humor é uma característica do povo brasileiro, algumas expressões como o “Brasil é o país da piada pronta”, “Aqui tudo acaba em pizza”, “O brasileiro faz piada da própria tragédia” e outras são constantemente ouvidas no vocabulário popular. Hoje, com as redes sociais a quantidade de “memes”, conceito de imagens, vídeos e GIFs relacionados ao humor crescem a cada dia, ainda mais diante de um “prato cheio” como às eleições 2018.
Quem faz piada de nossa vida política, porém de maneira profissional, é o chargista Cláudio Oliveira, jornalista pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, com especialização em artes gráficas na Escola Superior de Artes Industriais de Praga, República Tcheca e o entrevistado deste domingo da série FAP Entrevista. A entrevista faz parte da série publicada aos domingos pela FAP com intelectuais e personalidades políticas de todo o Brasil, com o objetivo de ampliar o debate em torno do principal tema deste ano: as eleições.
Com um humor inteligente e critico de nossa situação política, Cláudio procura através de suas charges passar ao povo brasileiro os perigos de figuras radicais que a direita ou à esquerda prometem soluções fáceis ao nosso país, porém sem compromisso real com a democracia. As charges são uma boa maneira politizar a população, avalia: “Acho o humor uma boa ferramenta para a formação do espírito crítico, importante para melhorar o mundo.”

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Entrevista com Maria Alice Rezende

“Não há propriamente uma partidarização do Judiciário e sim a ocupação de um vazio deixado pela fraqueza do sistema político no encaminhamento de soluções para a crise política e social do país”, diz Maria Alice Rezende

Por Germano Martiniano
Nesta segunda-feira (30) será lançado, no Rio de Janeiro, o livro “Diálogos gramscianos sobre o Brasil atual”, de Luiz Werneck Vianna, que é uma coletânea de entrevistas realizadas com o sociólogo desde o inicio do governo Lula, em 2003, até os dias atuais. O prefácio da obra ficou a cargo da também socióloga Maria Alice Rezende, a entrevistada deste deste domingo da série FAP Entrevista, que a Fundação Astrojildo Pereira está publicando, aos domingos, com intelectuais e personalidades políticas de todo o Brasil, tem o objetivo de ampliar o debate em torno do principal tema deste ano: as eleições.
Licenciada em História pela PUC do Rio de Janeiro (1975), Mestre em História Social pela UNICAMP (1983) e Doutora em Sociologia pelo IUPERJ, Maria Alice escreveu, em conjunto com Werneck Vianna, há vinte anos, o livro “Corpo e alma da magistratura brasileira”. Questionada na entrevista à FAP sobre o atual momento do judiciário brasileiro, ela foi enfática: “Não há propriamente uma partidarização do Judiciário e sim a ocupação de um vazio deixado pela fraqueza do sistema político”.