sexta-feira, 8 de setembro de 2017

LULA NUNCA SERÁ DESONESTO, MESMO SE PEGO COM MALAS DE DINHEIRO

Se estamos esperando que Lula seja pego com malas de dinheiro para, finalmente, quem o defende reconhecer que se trata de um bandido, estamos equivocados. A questão é mais profunda, é de linguagem, de narrativas.



Os defensores de Lula partem do pressuposto marxista de luta de classes para analisar a sociedade. Para eles ainda é clara a relação opressor e oprimido, explorador e explorado, burguês e proletariado. Dentro ainda desta narrativa, a força coercitiva da lei é aliada e construída pela própria classe dominante. Para somar, a mídia serve suporte para influenciar a sociedade a favor da classe mais forte.

Lembremos de Maquiavel, "os fins justificam os meios". Dizem os defensores de Lula: "se vivemos numa sociedade capitalista que se baseia na submissão do mais fraco (e aqui se incluem negros, LGBTs etc., as minorias que são instrumentalizadas por essa parte da esquerda), se vivemos numa sociedade, que na base já é injusta e favorece uma minoria, por que o PT não pode valer dos meios necessários para atingir seus objetivos?".

Dentro desta narrativa, quase acreditamos que o PT e o Lula merecem absolvição: "tudo que fizeram foi por um objetivo maior!". Pura demagogia. Roubar, matar, e fazer o que for em nome de uma ideologia e um projeto de poder, assim como faz o PT, é bem pior do que fazer pensando apenas em si próprio. Foi em nome de grandes ideologias que vimos os maiores massacres humanos na história.

Mas continuemos. A demagogia da narrativa petista se encontra no fato de que o mundo sob o qual Marx desenvolveu sua oba é diferente do atual. Não leva em conta a globalização, as novas relações de trabalho, o avanço da tecnologia e as diferentes formas de comunicação existentes hoje em dia. A teoria marxista, não deve ser ignorada, ela serve de suporte para análise social desde que seja contextualizada e não ficando nessa anacronismo insano.

Outro ponto demagogo é que o PT justifica suas ações, como dito, em nome da superação das discrepâncias sociais, enquanto que se cria uma outra elite: uma elite governista, que super infla a maquina estatal com os "companheiros" e que se enriquece descaradamente por meios ilícitos.

Ingenuidade ou não, enquanto os defensores do PT continuarem com a narrativa do "roubou, mas foi quem fez pelos pobres" continuará se abrindo precedentes no Brasil para permanecermos no mar de corrupção sob o qual estamos há séculos. Precisamos acreditar na boa política, na política responsável e democrata. Precisamos de renovação, de uma política contextualizada, que saiba reconhecer os novos tempos e oferecer políticas compatíveis com esse mundo repleto de transformações!

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